segunda-feira, 19 de abril de 2010

Pensamentos

Confesso que há algum tempo sentia vontade de vir ao cantinho escrever mas tenho tido algum trabalho e também umas quantas “dores de cabeça”.
Sinto tantas turbulências cá dentro que por mais que queira escrever não consigo fazê-lo como quero.
Penso em tudo o que me rodeia, os amigos que conheço e ao qual vejo, os que não vejo por força das circunstâncias mas ao qual eu sinto saudade, naqueles que nunca vi e desejava ver. Penso em ti Marta que estás quase a “separar-te” disto . Penso muito sobre aquilo que escreves, afinal foi o que senti há um ano atrás: vontade de ficar, saudade daquilo que ainda não partiu, sentimento de perda, tristeza, dor. Não são fáceis estes dias até à queima..Eu senti-os na pele e ainda hoje quando os recordo arrepiam-me. Vou sentir a tua falta mana, a sério que vou mas não te vou perder. É verdade que tenho perdido muita coisa, aliás todos perdemos com o avançar da vida, coisas importantes outras menos mas são perdas que nos afectam. Por vezes é difícil lutar, damos um passo atrás e regredimos dois.
Sinto-me bem em Portalegre e esta cidade é a minha segunda casa. Não quero ir embora mas como muitas pessoas, gostava de me poder dividir. Sinto falta de estar com a minha mãe que atravessa agora uma situação menos boa na vida. Sinto falta de estar com os meus amigos, com a Elsa que sempre esteve comigo quando precisei de um ombro, quando precisei de um sorriso. Sinto-te distante mas sei que é uma fase tanto minha como tua, mas também sei que aquilo que sentimos uma pela outra está longe de chegar ao fim.
Cada vez sinto mais falta da minha heroína, o meu ídolo que partiu faz 3 anos e parece que já foi à uma eternidade. Mesmo assim ainda hoje consigo ouvir a tua voz dentro da minha cabeça, consigo sentir o teu colo, o teu carinho e tudo o que me deste.
Por vezes, sinto-me no chão sentada e uma multidão à minha volta a andar sem se aperceber que estou ali. Mas eu vou levantar-me deste chão, limpá-lo com as minhas lágrimas e esboçar um sorriso. Porque este chão que me acolheu e acolhe quando lá estou deitada é o mesmo que eu piso e caminho todos os dias. É aquele que eu retiro as pedras e deixo espaço para construir o meu castelo.
Não posso “ir” sem deixar uma palavra a todos os que estão comigo todos os dias, ou mesmo algumas vezes e que me acolhem sempre com o mesmo sorriso: Obrigada!
A ti Mar, companheira dos dias e noites felizes e menos felizes, obrigada por estares lá, obrigada por não ser preciso nada, apenas um abraço.
Eu vou ter força e vou ser capaz de enfrentar o mundo porque o mundo pertence a todos nós. O sol quando nasce é para todos e eu quero sentir este sol a bater-me na cara e aquecer-me a alma.
Ao meu mundo, o meu pequeno mundo que está a crescer e a tornar-se um homem, eu amo-te. Estás distante de mim, rejeitas-me com facilidade mas ambos precisamos um do outro. Como eu te quero.

“Hoje vou ficar, hoje quero ir ao fim desse olhar só para te sentir (..)”

E como eu te sinto**