terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Natal

Estamos no natal =)

Hoje acordei a pensar naquilo porque todos ansiamos e está a chegar.
Os dias começam a correr, o trabalho aumenta, o dinheiro diminui pois gasta-se todo (ou quase todo) em prendas, e, também, começam as saudades do tempo "antigo".
A esta altura já estava de férias em casa a cuidar dos meus e agora, no mundo do trabalho estou a mais ou menos 150km de distância.
Começo a pensar como será o dia 24 e 25 este ano. Há três anos que ele já não era o mesmo e este ano, sem dúvidas não será o mesmo.
Ainda recordo com saudade as enormes listas de prendas e compras para o dia da consoada onde não faltavam os avós, tios, primos e muitos amigos também. Hoje faço as contas e reparo em algo.... Somos 5 ou 6, onde antes erámos mais de 25/30.
O que se perdeu??!
Eu não sei mas eu não quero um natal de prendas, quero um natal de união, família.
Mais um ano sem oferecer uma mantinha à avó ou algo que ela gostasse,. E este ano sem oferecer, também, um perfume,camisa ou até mesmo uma garrafa de vinho ao avô.
Este ano é diferente, no lugar de objectos que vos dêm prazer como a qualquer ser humano, vão ter junto de vós um bonito ramo de flores como prenda e em cada pétala um carinho nosso.
Este ano não vamos estar todos à lareira a comer e abrir presentes. Este ano não vamos estar juntos no almoço de natal.
E vão ser assim os anos que se seguem.

A cada ano perde-se uma palavra, um abrigo, um olhar, um gesto, um sorriso.

A cada ano que passa sinto-me mais vazia. A cada ano que passa sinto mais o aperto a transbordar dentor de mim e a sufocar-me.

Este ano vou sentar-me junto da árvore e ver o meu bebé abrir os presentes com alegria e um lágrima no canto do olho, porque até ele sente a vossa falta.

Hoje vou continuar a sonhar, a sonhar-vos e tentar diminuir a saudade e aumentar a recordação.
Hoje vou desejar-vos a todos um feliz natal e dizer-vos que amem, amem muito pois o nosso amor não acaba mas a oportunidade de fazê-lo pode deixar de existir.

E o que pedi para o natal?!
Que continue a ter-vos junto de mim. Vocês são essência que me alimenta todos os dias.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

....

Depois de muito tempo sem escrever, resolvi fazê-lo novamente.
O tempo devorou-me estes meses todos e com uma boa novidade =). Arranjei emprego e estou em Portalegre. Foi bom ter conseguido mais um "sonho".

Hoje durante a manhã começei a pensar na vida, na forma como a nossa vida se desenvolve.
Em três anos a vida evoluiu ao sabor do vento e trouxe dias de sol e outros de tempestade.
Consegui realizar o sonho da entrada na universidade, sonho meu e da minha avó que após a minha entrada partiu sem dar tempo de me acompanhar. Ironia do destino, levar-nos as pessoas que mais amamos e logo na concretização de um sonho para as duas.
Agora terminei meu curso, arranjei trabalho e parte o meu avô, pai do meu pai de forma cruel em menos de um mês.
As revoltas estão cá todas e só o tempo as fará sarar.
É "engraçado" como fazemos projectos futuros e mais tarde percebemos que eles não passaram de meras maquetas.
Hoje é um dia daqueles que como vi numa frase do MSN de uma amiga resume aquilo que sinto " por vezes vives ao som de um ritmo que não é teu". E é isso que sinto, quero dançar no compasso da minha música mas deixo-me levar num compasso que não é meu.

Cada vez a saudade é maior, o desejo é maior. Mas continuo a lutar, com força, a ir em frente porque a minha alma é de estudante. E vou sempre acompanhá-la consoante aquilo que ela deseja.

Recordo com alegria a minha queima que agora as minhas amigas vão realizar este ano. Sonhei subir ao palco e gritar "conseguimos" com a minha avó, sonhei andar numa tuna e tê-la atrás de mim sempre. Mas não passaram de meros sonhos que me escaparam entre os dedos e deixaram a minha pele ferida.

Mas é quando os vejo num palco que é só deles, transformam esta minha angústia em magia e sinto tanta coisa bonita.

Não posso deixar de referir a força incrível do meu puto de 4 anos que me põe um sorriso na cara. É ele que me dá força e é ele que eu amo mais que nunca.

Áquelas pessoas que têm sido as verdadeiras amigas, obrigada por estarem lá quando preciso. Poderia referir muitas mas não quero deixar ninguém de fora. Mas mesmo assim posso dizer três, a Hélia, Marta e Joana.
Obrigada por estarem lá. ***

A ti =) tu sabes quem és. A união entre nós faz a força para o futuro.***

A vocês que já partiram e continuam a iluminar sempre aquela estrela lá em cima que me guia. *

A todos os que seguem o meu blog obrigada afinal são vocês que me incentivam a escrever.

Com amor e dedicação. Sempre*

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sempre aqui.

Algo que escrevi há algum tempo mas que o sentir é o melhor que tenho.

Tentei subir mas cai.
Tentei agarrar-me na primeira cor mas era espessa.
Tentei fugir do tempo, das memórias, dos fracassos mas os meus pés não tocavam o chão.
Tentei.

Quando procurei uma nova cor consegui agarrá-la. Segurei-a com as duas mãos e subi. Quando lá cheguei foste tu que encontrei.

Encontro-te na luz, no escuro, no sonho, na realidade. Encontro-te sempre. Todos os dias.

Ontem vi. Não a mistura de 7 cores daquilo que me fez percorrer para te encontrar mas sim 14.

Não um.
Sim dois.

Arco-íris.
Vou estar sempre aqui.

Nós sabemos o quanto. Com ternura*

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Uma mistura...

Por vezes dou por mim com aquela mistura de sentimentos que me enchem a alma e parecem querer rebentar-me.
Sinto, como se fosse o actor principal de uma peça e o personagem tivesse que viver tudo tão intensamente.
Tudo me magoa, tudo me provoca, tudo me desconsola com o "fim" do tempo a chegar.
Confesso que sinto medo do que me reserva o futuro mas aguardo-o vivendo o agora. Vai custar, vai doer e depois saberei o passo seguinte. Apesar de todas as vicissitudes da vida, o encanto sempre existiu em mim. Foram e são as derrotas que nos fazem mais fortes.

(...)

Até lá, resta-me querer-te, desejar-te e sentir-te de todas as formas. Ir ter contigo todas as noites ao nosso banco e jurar-te aquilo que nos une.
Depois, restar-me-á fechar os olhos, ouvir-te e imaginar-te no meu pensamento, como se o amanhã não existisse.
Não sei por quanto tempo, por quantos passos, por quantas palavras, por quantas acções. Apenas sei que: "O meu coração gosta da tua voz, a minha alma precisa da tua voz, o meu corpo ama a tua voz" (retirado de um texto de uma amiga).

O encanto sempre existiu em mim, e as palavras que me saem continuam a ser as mesmas, tu és forte.

***

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Parabéns Martinha =)

Hoje não podia deixar de dar um beijinho especial a alguém que tem sido a minha companhia de casa até Portalegre. Tu, Martinha =)
Conhecemo-nos em Viana, no tempo que ambas estudámos lá mas a nossa amizade nunca passou de meras conhecidas.
Pois é Martinha, quis o destino que nos cruzássemos mais uma vez mas agora com cumplicidade.
Hoje fazes 20 aninhos, e quero desejar-te as maiores e melhores felicidades do mundo e que guardes todas as pedras que encontrares no teu caminho, para puderes construir um forte e seguro castelo =)
Terás aqui sempre uma Amiga.
E no momento que tiveres mais embaixo lembra-te: Tu és o sol. Adoro-te.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Fernando Pessoa

Um Senhor que me diz muito e que contribuiu para a nossa cultura. Um poema que gosto e que mo referiram várias vezes ao longo dos meus 3 anos de curso.

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma .
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."

(Fernando Pessoa)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A minha terra


Hoje gostava de vos falar um pouco sobre a minha terra: Alvito.
Alvito é uma vila portuguesa pertencente ao Distrito de Beja, região do Alentejo e subregião do Baixo Alentejo.
Alvito foi bastante importante, dado ter sido pousada real durante muito tempo. Segundo se lê na Monarquia Lusitana, Alvito nasceu no tempo de D. Afonso III, a partir da herdade de S. Roque, que o Rei doou ao seu chanceler e colaço D. Estêvão Anes, em 1225.
Contudo, o local foi indubitavelmente habitado em épocas muito mais remotas, a crer nos imenso vestígio arqueológico da região: moedas romanas, lápidas votivas, silos, ruínas de edifícios, etc. Um dos edifícios mais importantes da povoação é o seu castelo. Mandado construir por D. João II para pousada real e acabado apenas no reinado de D. Manuel, tem como principal característica o facto de ser pronunciadamente amouriscado.
Conta a lenda que o nome da povoação vem de um facto sucedido durante uma festividade. Havia nesse dia uma corrida de touros e quando os homens tratavam de os meter nos curros, um deles escapou. Desatou a correr pela povoação fora e atrás dele algumas pessoas. O animal corria furiosamente, quem sabe e para escapar à morte que adivinhava esperá-lo. Como estava um dia muito quente, pouco a pouco os perseguidores do touro foram desistindo, até que só ficaram dois, mais resistentes e corajosos, que acabaram por capturar o bicho. Levaram-no de volta à povoação, depois de terem descansado os três sob um chaparro. Quando entraram na vila com o touro preso por uma corda, levaram-no até ao meio da praça, gritando: - Alvitre, alvitre! - que quer dizer alvíssaras. Daqui, explica o povo, nasceu o nome de Alvito.

Mas deixemos a história.
Actualmente, Alvito tem vindo a crescer (ou não) e hoje o seu castelo serve de pousada onde acolhe muitas pessoas ao longo do ano.
Não vou entrar em pornmenores acerca da minha terra pois não haveria espaço para escrever tudo aquilo que penso.
Contudo, Alvito será sempre a minha terra, o meu berço e é nela que pensarei todos os dias.
Apenas deixo um conselho para o caso de alguém que queira contribuir ou contribua no seu desenvolvimento. Alvito poderia ter tudo para evoluir, para criar mais gentes e "prender" mais as pessoas à terra, dando oportunidades.

(Alguns dados retirados do site: http://www.portugalvirtual.pt/pousadas/alvito/pt/index.html)

terça-feira, 30 de junho de 2009

Saudade que trago

Em todos os momentos da minha vida, lembro-me de ti.
Por vezes acordo de manhã com o aperto no peito e a vontade de voltar a sentir o teu cheiro...
Sinto saudade, como no fado da Mariza.

"...São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer..."

...

E as palavras não saem quando se trata de ti. A minha voz fica muda, o meu coração palpita. O encanto permanece.
A dor que aqui sinto é tão grande como o quanto te amo.

Ontem à noite olhei para o céu, e comecei a dar a cada estrela uma razão pela qual te quero tanto. Faltaram-me estrelas...


Portalegre Mistério

Olhando pela vidraça consigo ver a paisagem desta cidade. Cidade mistério que me acolheu no seu peito e me afagou os cabelos durante estes três anos.
Parece-me que foi ontem que pisei este chão frio, escorregadio e, hoje consigo sentir nos meus pés a frieza do dia que senti esta cidade pela primeira vez.
Os anos passaram e a frieza que senti começou a transformar as minhas mãos, o meu corpo, a minha alma, num calor. Em encantamento.
E ontem esta paisagem era feliz. Hoje, sinto-a a chorar.
Portalegre chora sempre no final de um ano lectivo. E chorou. Chorámos.
Portalegre, dia 9 de Maio chorou a partida de mais uns companheiros, mais uns amigos que partiram em busca de um futuro melhor.
Portalegre, vai ser sempre meu. As pedras das calçadas contêm as histórias, os segredos, as mágoas e as alegrias dos três anos vividos neste mistério.
Sempre que sonho, Portalegre está sempre de braços abertos à minha espera. À espera de todos nós que lhe pertencemos.

*****