terça-feira, 30 de junho de 2009

Saudade que trago

Em todos os momentos da minha vida, lembro-me de ti.
Por vezes acordo de manhã com o aperto no peito e a vontade de voltar a sentir o teu cheiro...
Sinto saudade, como no fado da Mariza.

"...São emoções que dão vida
à saudade que trago
Aquelas que tive contigo
e acabei por perder

Há dias que marcam a alma
e a vida da gente
e aquele em que tu me deixaste
não posso esquecer..."

...

E as palavras não saem quando se trata de ti. A minha voz fica muda, o meu coração palpita. O encanto permanece.
A dor que aqui sinto é tão grande como o quanto te amo.

Ontem à noite olhei para o céu, e comecei a dar a cada estrela uma razão pela qual te quero tanto. Faltaram-me estrelas...


Portalegre Mistério

Olhando pela vidraça consigo ver a paisagem desta cidade. Cidade mistério que me acolheu no seu peito e me afagou os cabelos durante estes três anos.
Parece-me que foi ontem que pisei este chão frio, escorregadio e, hoje consigo sentir nos meus pés a frieza do dia que senti esta cidade pela primeira vez.
Os anos passaram e a frieza que senti começou a transformar as minhas mãos, o meu corpo, a minha alma, num calor. Em encantamento.
E ontem esta paisagem era feliz. Hoje, sinto-a a chorar.
Portalegre chora sempre no final de um ano lectivo. E chorou. Chorámos.
Portalegre, dia 9 de Maio chorou a partida de mais uns companheiros, mais uns amigos que partiram em busca de um futuro melhor.
Portalegre, vai ser sempre meu. As pedras das calçadas contêm as histórias, os segredos, as mágoas e as alegrias dos três anos vividos neste mistério.
Sempre que sonho, Portalegre está sempre de braços abertos à minha espera. À espera de todos nós que lhe pertencemos.

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